TEC
Teatro Experimental de Cascais
UM RAPAZ CHAMADO RUPERT PARTIU-TE O NARIZ COM UM PAU?
de Guilherme Pelote
TEC Teatro Experimental de Cascais
155ª produção | 2018
UM RAPAZ CHAMADO RUPERT PARTIU-TE O NARIZ COM UM PAU?
de Guilherme Pelote Prémio Teatro Jovem TEC | Cascais 2018
dramaturgia Miguel Graça
encenação Carlos Avilez
cenografia e figurinos Fernando Alvarez
coreografia Natasha Tchitcherova
desenho de luta David Chan
direcção de montagem Manuel Amorim
contra-regra e montagem Rui Casares
desenho som surround e operação som Hugo Neves Reis
assistência de ensaios e operação luz Jorge Saraiva
assistência de encenação Rodrigo Aleixo
assistência de contraregra David Balbi
costura Rosário Balbi
fotografias de cena Ricardo Rodrigues
registo vídeo Miguel Ângelo Audiovisuais
secretariado e comunicação Maria Marques
contabilidade Ana Landeiroto
bilheteiro Rodrigo Aleixo
apoio ao espectáculo Nádia Hanyeli, Patrícia Fonseca
manutenção de guarda-roupa Clarisse Ribeiro
interpretação Bárbara Branco, Beatriz Achemann, Djucu Dabó, Joana Bernardo, João Pecegueiro, José Condessa, José Matos de Oliveira, Luiz Rizo, Mariana Pinheiro, Rita Calçada Bastos, Rita Sombreireiro, Sérgio Silva, Teresa Côrte-Real
distribuição
Ele/Billy
José Condessa
Ela
Bárbara Branco
Mr.
Robertson Sérgio Silva
Mrs.
Robertson Teresa Côrte-Real
Rupert
João Pecegueiro
Flynn
José Matos De Oliveira
Fiona
Rita Sombreireiro
Ralph
Sérgio Silva
Louise
Teresa Côrte-Real
Maxy
Luiz Rizo
Franny
Rita Calçada Bastos
Cissy
Djucu Dabó
Mathilda
Joana Bernardo
Jenny
Mariana Pinheiro
Lyndsay
Beatriz Achemann
Voz
Off Maria Marques
Numa peça que se situa nos dias de hoje, são muitas as referências do passado e presente que contribuíram para o desenrolar da ação de Um rapaz chamado Rupert partiu-te o nariz com um pau? Tudo começou no aeroporto, um espaço com muitas particularidades, onde a necessidade de descrever o meu comportamento e interação com o local numa folha em branco começou a florescer. Estando sozinho no aeroporto, uma personagem feminina surgiu e sentou-se ao meu lado. Uma relação começou a desenvolver-se e, rapidamente, a imaginação transportou a história a outros lugares, um clube de jazz e um cinema onde no espaço de uma semana dois desconhecidos partilhavam o mesmo destino em direção a Londres. Um escritor e a personagem da sua peça, dois seres fictícios. Com três espaços definidos, como é que o passado de um ser humano influencia o seu comportamento perante os outros e perante estes mesmos locais? Partindo desta ideia surgiu um recreio, um baile e um jantar de família, três acontecimentos do passado com influência direta no comportamento do escritor perante a personagem que vai escrevendo e perante os espaços onde a ação se desenrola. Nesta perspetiva, pode-se então concluir que a peça aborda temas como a incapacidade de nos relacionar com outros seres humanos e a necessidade de encontrar um refúgio onde seja possível expressar os ideais que nos caracterizam, visto que conflitos surgem por discórdia de ideais ou inveja dos atributos de outro ser humano, maioritariamente. Somos todos diferentes. Dentro destas temáticas e desenvolvendo uma linguagem própria, obras como A vida é sonho e Carnage serviram como inspiração de suporte para os temas abordados na peça. A primeira, obra de Calderón de la Barca, questiona se um sonho não é mais real que a realidade, e se a própria realidade não é um sonho. A segunda, filme de Roman Polanski, explora o comportamento infantil de quatro adultos que tentam encontrar uma solução pacífica entre ambos, quando os filhos se envolveram numa disputa e um atingiu o outro na cara com um pau. Ambos ajudaram na relação fictícia/sonhadora entre o escritor e a personagem e o momento em que Rupert atinge Billy com um pau, respetivamente. Por consequência, a visão pessimista e sarcástica de Woody Allen em relação à existência, o ritmo frenético de Aaron Sorkin ou o humor negro de Martin McDonagh, são igualmente fontes de inspiração num estilo com o qual me identifico. Assim sendo, concluo transmitindo que a peça é direcionada para os dias de hoje em termos de temáticas e estética, referências materiais expostas na ação, sendo que o objetivo de "esticar" a realidade ao máximo, utilizando situações extravagantes, mas inerentes à condição humana, é talvez o princípio de maior importância que serviu de guia para escrever a peça.
Guilherme Pelote
M/16 anos
duração 90 min. sem intervalo
agradecimentos Filipa Basto, Olga José, Rafael Pelote
espectáculo integrado em CASCAIS2018-Capital Europeia da Juventude
18 a 27 MAI. 2018
Qua. a Sex. 21h30 | Sáb. 16h00 e 21h30 | Dom. 16h00
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Av. Fausto de Figueiredo MONTE ESTORIL
Fotografias
© Ricardo Rodrigues
Materiais de Divulgação