TEC
Teatro Experimental de Cascais
MACBETH
de William Shakespeareversão Miguel Graça
TEC Teatro Experimental de Cascais
145ª produção | 2015
MACBETH
de William Shakespeare
versão Miguel Graça
encenação Carlos Avilez
cenografia | figurinos Fernando Alvarez
música original | espaço sonoro Rui Rebelo
desenho de combate David Chan
corpo Natasha Tchitcherova
voz Ana Ester Neves
direcção de montagem Manuel Amorim
mestra de guarda-roupa Rosário Balbi
operação e desenho de som surround Hugo Neves Reis
assistência de ensaios | operação de luz Jorge Saraiva
montagem | contra-regra Rui Casares
fotografia Ricardo Rodrigues
comunicação Anabela Gonçalves
secretariado Inácia Marques
costureiras Helena Fonseca | Lurdes Silva | Manuela Fernandes | Maria do Sameiro | Palmira Abranches | Teresa Balbi
assistência ao espectáculo Carolina Passos Sousa | Filipa Correia
interpretação André Marques, Bruno Ambrósio, Bruno Bernardo, Cláudia Semedo, Filipe Abreu, Flávia Gusmão, Gonçalo Carvalho, João Jesus, José Condessa, Lídia Muñoz, Luís Lobão, Luiz Rizo, Marco d'Almeida, Miguel Amorim, Paula Lobo Antunes, Pedro Caeiro, Pedro Russo, Raquel Oliveira, Rodrigo Tomás, Sérgio Silva, Teresa Côrte-Real
distribuição
1ª bruxa
Lídia Muñoz
2ª bruxa
Cláudia Semedo
3ª bruxa
Raquel Oliveira
Duncan
Sérgio Silva
Malcolm
José Condessa
Capitão
André Marques
Donaldbain
Rodrigo Tomás
Lennox
Bruno Bernardo
Ross
Luiz Rizo
Angus
Gonçalo Carvalho
Macbeth
Marco d'Almeida
Banquo
Pedro Caeiro
Lady Macbeth
Flávia Gusmão
Criado
Bruno Ambrósio
Fleance
Pedro Russo
Porteiro
Luís Lobão
Macduff
João Jesus
1º assassino
Bruno Ambrósio
2º assassino
André Marques
3º assassino
Filipe Abreu
Hécate
Rodrigo Tomás
1ª Aparição
Pedro Russo
2ª Aparição
Teresa Côrte-Real
3ª Aparição
Miguel Amorim
Lady Macduff
Paula Lobo Antunes
Filho
Miguel Amorim
Médico
Gonçalo Carvalho
Dama
Teresa Côrte-Real
Seyton
Filipe Abreu
Siward
Sérgio Silva
Filho de Siward
Luís Lobão
O AMANHÃ
1606 foi um ano marcante para o teatro, o ano em que Shakespeare, na altura com 42 anos, escreveu duas tragédias que ainda hoje disputam entre si o título de obra maior da dramaturgia mundial, Rei Lear e Macbeth.
A "peça escocesa", como é genericamente apelidada no mundo teatral, tem dentro de si uma mitologia da superstição que ao longo dos séculos povoou - e continua a povoar - a representação do espectáculo, fruto dos muitos acidentes sofridos por actores e actrizes, por vezes fatais, e de teatros consumidos pelo fogo, que por cá tiveram a sua expressão máxima no incêndio que em 1964 reduziu a cinzas o Teatro Nacional D. Maria II poucos dias depois da estreia do espectáculo encenado por Amélia Rey-Colaço.Maldições à parte, sabemos que Shakespeare escreveu Macbeth a pensar em Jaime I de Inglaterra, ou James Stuart, o sexto desse nome a governar a Escócia, e que desde 1603 tinha substituído a Rainha Isabel no trono. Jaime apreciava consideravelmente a companhia teatral de Shakespeare e passado pouco mais de um mês de estar no poder, emitiu um decreto em que os até então Lord Chamberlain's Men, passavam a ser os King's Men, uma espécie de companhia oficial do monarca que daí em diante obteve o seu favor e patrocínio. O fascínio de Jaime pela feitiçaria e principalmente a crença de que era descendente de Banquo, um nobre do século XI quando a Escócia havia sido governada por Macbeth, terão certamente levado Shakespeare não só a escolher o tema da peça mas também, na cena das aparições, a evocar os antepassados de Jaime e a antever uma dinastia fundada por ele até ao infinito.
Se esse é o ponto de partida, o certo é que Macbeth é muito mais do que um elogio ou uma tentativa de agradar Jaime I. O texto é sobretudo um estudo sobre o mal e a ambição, mas também uma reflexão sobre a vida e o tempo - palavra repetida 48 vezes ao longo de uma das mais curtas peças de Shakespeare, mas certamente a mais negra, quase sem alívios cómicos e com uma constante presença do sobrenatural.
são textos que partilham uma profunda ausência de redenção, da tragédia individual dos protagonistas resulta nada: a morte de Cordélia e a coroação de Malcolm em Scone, com a sombra de Fleance no seu encalço, significam o mesmo - o Universo é indiferente.
Miguel Graça
M/12 anos
duração 160 min. com intervalo
agradecimentos Bispos | Teatro da Garagem | TNDMII | Denise Prata-DeNinja | Joana Cornelsen | Pedro Varela
13 Novembro. 27 Dezembro
Qua. a Sáb. às 21h00 | Dom. às 16h00
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Av. Fausto de Figueiredo, Estoril
Espectáculo comemorativo dos 50 anos do TEC
50 ANOS DEPOIS
Acontecem 50 anos no Teatro Experimental de Cascais. Passaram-se num instante, marcaram-nos e uniram-nos para sempre.
Tudo começou com um grupo de jovens que, com a ideia de um deles - João Vasco - veio para Cascais. Em boa hora isso aconteceu. Cascais é a nossa casa e levámos o seu nome a todo o mundo.
Por aqui passaram e passam alguns dos maiores nomes da cultura portuguesa que continuam ainda a ensinar esses jovens a sonhar alto e a acreditar que um dia poderão realizar os seus projectos.
A todos, o meu muito obrigado.
Carlos Avilez
Fotografias
© Ricardo Rodrigues
Materiais de Divulgação
Teaser