TEC
Teatro Experimental de Cascais
ICTUS
de Miguel Graça
TEC Teatro Experimental de Cascais
139ª produção | 2014
ICTUS
de Miguel Graça
encenação Carlos Avilez
cenografia e figurinos Fernando Alvarez
vídeo Hugo Neves Reis
produção e comunicação Elsa Barão
direcção de montagem Manuel Amorim
contra-regra e montagem Rui Casares
assistência de ensaios e operação técnica Jorge Saraiva
secretariado Maria Marques
assistência ao espectáculo Bruno Bernardo | David Balbi | João Reis
interpretação David Esteves, Fernando Luís, Pedro Caeiro, Raquel Oliveira, Sérgio Silva,
Teresa Côrte-Real, Tobias Monteiro
distribuição
Ele Sérgio Silva
Caçador Tobias Monteiro
Ela Teresa Côrte-Real
Autor Pedro Caeiro
Actriz Raquel Oliveira
General Fernando Luís
Soldado David Esteves
Barman David Esteves
Cão David Esteves
Fugitivo David Esteves
Louco David Esteves
Relevância do texto
Obra inédita de um
autor português contemporâneo que, tendo colaborado nos últimos
anos como dramaturgista de Carlos Avilez, conhece bem as suas linhas
temáticas e de encenação. Para além disso, o texto é uma
reflexão metafórica sobre o tempo em que vivemos e o papel do
indivíduo numa sociedade que é paradoxalmente fragmentada, no
sentido em que nos distanciamos cada vez mais do Outro, e
totalitária, na medida em que a globalização trouxe também a
massificaçao do pensamento e da acção.
NOTA DO AUTOR
Escrevi ICTUS em 2011 depois dos principais acontecimentos da Primavera Árabe terem ocorrido. Comecei a pensar numa peça que descrevesse uma revolução autofágica, que substituísse uma ditadura por uma tirania maior e em que as personagens fossem vítimas de si próprias, incapazes da comunicação e do afecto, esmagadas por uma autoridade autocrática e omnipresente. Imaginei o futuro do Ocidente e para isso voltei ao passado, aos momentos decisivos do início do Cristianismo e às várias figuras que o compuseram, principalmente Paulo: primeiro, caçador de cristãos, depois, pedra angular da teologia cristã. Dessa relação entre passado e futuro decorre a ausência de tempo em ICTUS, quer na sequência da acção, quer na construção das personagens, que de cena para cena oscilam entre o que lhes aconteceu e uma possibilidade de presente. Neste labirinto temporal, o fio de Ariadne é o próprio teatro, que ao fazer parte da acção, cria uma espécie de barreira de vidro entre as personagens: apesar de serem capazes de se verem umas às outras, de perceberem a presença do Outro, não conseguem, no entanto, relacionar-se.
M/16 anos
agradecimentos Guarda-Roupa Maria Gonzaga, Teatro Nacional D. Maria II, Ana Sousa, Anna Eremin, Arminda Morais, Beatriz Batarda, Cláudia Fernando, João António, João de Brito, Lúcio Dias, Marisa Coelho, Rui Casca.
27 MAR. a 27 ABR. 2014
Qua. a Sáb. às 21h30 | Dom. 16h00
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Av. Fausto de Figueiredo
Fotografias
© Ricardo Rodrigues
Cartaz